Jean Nouvel: investigação sobre os milhões de euros perdidos pela agência “starchitect”

O ano começou sob os melhores auspícios para os Ateliers Jean Nouvel (AJN). Em janeiro, o famoso escritório de arquitetura concluiu o pagamento de suas últimas dívidas após oito anos de discretos procedimentos de salvaguarda sob a égide do tribunal comercial de Paris. Com um faturamento de quase 45 milhões de euros, segundo os últimos dados divulgados, a empresa parece até ter retornado aos seus anos de expansão. "Os passivos foram liquidados, as contas estão saudáveis ​​e a gestão é rigorosa, sem perder nada da qualidade excepcional dos projetos", afirma o diretor geral, Dominique Alba, que elabora uma lista não exaustiva dos prestigiosos projetos em andamento para o Libération : a nova fundação Cartier, que deve ser inaugurada em alguns meses em frente ao Louvre, a ópera de Shenzhen e suas quatro salas de concerto, cuja construção começou no sul da China, as Galeries Lafayette em Berlim, o hotel Sheeran no coração do deserto saudita de Al-Ula e a escola de aviação em Cingapura. O suficiente para finalmente olhar para o futuro com paz de espírito.

Mas um improvável choque de calendários estragou a festa. Segundo nossas informações, em meados de dezembro, o Ministério Público de Paris solicitou o encaminhamento ao tribunal criminal de vários ex-funcionários da AJN, incluindo seu ex-diretor administrativo e financeiro, por suposto desvio de dinheiro "massivo" cometido ao longo de vários anos, em um contexto de faturas falsas emitidas em quantidades industriais. Mais